Marc Tawil sobre a importância da comunicação para as empresas do futuro
Recebemos Marc Tawil no palco do segundo dia de Conecta Imobi. Marc é estrategista de comunicação, colunista da revista Época Negócios, escritor e podcaster da Jovem Pan.
Como comunicador, ele aponta a importância de entendermos que todas as novas ferramentas, todas as novas estruturas e superfícies de contato, são apenas o meio entre uma pessoa e outra pessoa.
“Ninguém tem bola de cristal pra dizer como serão as empresas do futuro (...) e por mais que a gente tente adivinhar, o que a gente possui nesse momento são alguns caminhos conectores”.
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Visualize as oportunidades, mas mantenha os pés no chão
Mais do que prever e fazer um exercício de futurologia, Marc acredita que nosso trabalho enquanto seres humanos é entender o contexto. “Os dados são muito importantes e muito relevantes, mas os dados precisam ser curados por pessoas; e depois que eles são curados por pessoas é preciso haver boas ideias para gerar, para perceber e para aplicar esses dados.”
Algumas mudanças no mundo são imperativas, como o uso de máscaras. Podemos considerar isso normal? Podemos considerar o distanciamento social algo normal? Apesar de não ser grande fã da expressão “novo normal”, Marc aceita que é a situação atual e indica que é preciso mergulhar de cabeça para entender o que vem com as crises.
Como a crise te afeta?
Individualmente, a crise que a pandemia trouxe nos afeta diretamente de três formas: física, financeira e mentalmente. É claro que há uma crise política, macroeconômica, mas todas elas se conectam e todos sentimos o impacto. A pergunta que fica é: o que você faz quando isso te afeta?
É preciso estar atento para compreender a aceleração de diversos processos sociais. A crise traz no seu cerne o aceleramento de processos sociais que já estavam em curso.
“As empresas do futuro são histórias que a gente escreve no presente.”
Uma nova perspectiva de mundo
É preciso ver o mundo sob uma nova perspectiva; para a empresa, para negócios, para as pessoas. São muitos novos hábitos; novos comportamentos. Muito do que vivemos agora dá o tom do que é normal para o nosso futuro. Pensar isso é um exercício permanente.
“Tenho cuidado para não ser leviano quando falo do futuro, quando dou minhas opiniões, está na moda ser leviano. Isso é injusto, é intelectualmente desonesto”.
“A maneira de consumo mudou nessa crise, comprar por comprar (...) isso ficou em segundo plano. As pessoas estão preocupadas com as pessoas, a tecnologia é uma revolução, mas queremos ter contato com o humano.”
Marc nos instiga a pensar de maneira objetiva, além da tragicidade da crise: ela é boa ou ruim? Simplesmente diferente.
Somos consumidores e estamos consumindo de maneira diferente, somos vendedores e estamos vendendo de uma forma diferente.
“A revolução digital não é definitiva, ela é o meio que conecta uma pessoa a outra. É assim e sempre vai ser e essa é a boa notícia.”
O papel do supercomunicador
Marc nos conta que a super comunicação é ter mais pontos de contato; comunicar é informar, fidelizar, criar uma voz oficial, num processo quase holístico; é preciso ter escuta ativa dos colaboradores.
“Estamos atualizando a nossa identidade, além do contexto de trabalho, comunicacional, uma nova sociedade que se avizinha, completamente nova (...) precisamos estar abertos e dispostos aos seus pilares: sustentabilidade, qualidade de vida e inclusão.”
É uma rede lógica, transversal nos diversos âmbitos da vida. A pandemia acelerou os processos, ela não criou nada novo. Nossas relações se radicalizaram e é preciso dar alguns passos para trás, para podermos seguir adiante. Além disso, estamos atualizando a nossa identidade, desde a maneira como nos apresentamos até aspectos mais profundos; como criamos laços, como falamos de pessoa pra pessoa, é imperativo que estejamos atentos a tudo isso.
Como você está se preparando para o futuro? Confira essa e outras palestras do evento Conecta Imobi 2021 aqui no blog.
