Tabela SINAPI é o nome que se dá para o Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil, um banco de dados que reúne os preços de serviços e insumos utilizados na indústria da construção. 

A tabela SINAPI é atualizada pela Caixa Econômica Federal e pelo IBGE e tem como principal objetivo ser uma referência para orçamentos de obras públicas. 

Apesar da utilização dessa tabela ser obrigatória no caso de obras públicas, ela também é bastante útil no caso de empreendimentos de construção civil da iniciativa privada. 

Veja a seguir o ela que é, como ela é construída e para que serve. 

O que é tabela SINAPI?

SINAPI é a sigla para Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil.

Esse sistema, mais conhecido como tabela SINAPI, trata-se de um relatório com dados coletados e tratados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pela CAIXA.

Ela estabelece valores de referência que devem ser seguidos para orçamentos de obras públicas, seguindo o Decreto 7983/2013 da Constituição Federal.

De acordo com a lei, todos os órgãos públicos devem obrigatoriamente utilizar a tabela SINAPI como referência em suas obras de construção civil. 

A atualização desse recurso é mensal e traz o custo do metro quadrado na construção civil por estado, considerando materiais, equipamentos e mão de obra. 

Para que serve?

Apesar de ser de uso obrigatório apenas para obras públicas, a tabela SINAPI também pode ser utilizada para fins de orçamento em empreendimentos da iniciativa privada. 

Por ser atualizada mensalmente e categorizada por estados, a tabela SINAPI também oferece maior assertividade na hora de fazer um orçamento de construção civil que esteja de acordo com a realidade de preços de insumos e serviços do estado em que a obra ocorrerá.

Em resumo, a principal função dessa ferramenta é servir como base de referência para orçamentos da construção civil.

SINAPI ou INCC: qual a diferença?

Quando falamos em valores de referência para o mercado de construção, pode haver confusão entre a tabela SINAPI e o INCC (Índice Nacional de Custo de Construção), mas é importante saber que trata-se de índices diferentes. 

Enquanto a SINAPI funciona como um grande banco de dados que traz os valores de referência de insumos e mão de obra da construção civil em todo o país, o INCC é uma taxa que mede a variação no custo dos insumos utilizados nas construções.

A tabela SINAPI é aferida e divulgada pela CAIXA em parceria com o IBGE, já o INCC é calculado e divulgado mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (IBRE FGV).

Enquanto a tabela SINAPI funciona como referência para orçamentos das empresas de construção civil, o INCC vai fixar a variação dos custos das construções, interferindo nas parcelas de imóveis comprados na planta ou em construção, por exemplo. 

O setor de construção civil tem uma série de índices e parâmetros próprios, mas estes são os principais que devem estar no radar do corretor de imóveis.

E a Tabela ORSE?

Quem trabalha com construção civil também já deve ter ouvido falar da Tabela ORSE, que foi elaborada e é administrada pela Companhia de Habitação e Obras Públicas do Estado de Sergipe.

Com uma proposta similar à da tabela SINAPI, a tabela ORSE também pode ser acessada de forma gratuita e proporciona funcionalidades que auxiliam na criação de orçamentos no ramo de construções.

Especialistas indicam que há diferenças com relação à operabilidade, gestão, pesquisa e aspectos legais entre as tabelas SINAPI e ORSE. Mas, vale avaliar as potencialidades de cada uma delas antes de elaborar seu orçamento.

Como consultar a tabela SINAPI 2023

A tabela SINAPI agrega uma série de dados, que estão divididos em tabelas diversas e os arquivos podem ser baixados no site da CAIXA de forma gratuita.

Como o sistema SINAPI reúne um número vasto de informações e composições analíticas, a CAIXA desenvolveu um Sumário de Publicações para orientar os profissionais orçamentistas. 

Por meio do sumário, os usuários podem acessar diversos documentos, como os relatórios de preços de insumos por estado, livro de metodologia, fichas de especificações técnicas, entre outros.

É fundamental que o profissional saiba interpretar os dados do SINAPI para conseguir adequar seus orçamentos com base nas tabelas de referência.

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